Nesta terça-feira (13 de maio de 2008), fui assistir a mais uma palestra no Senac Lapa Faustolo, acerca do "Jornalismo de Moda Hoje", com a professora e coordenadora Manon. Na verdade, não se tratava bem de uma palestra, mas da apresentação das diretrizes do curso a ser ministrado pela jornalista Lilian Pacce, denominado "SPFW 2008, por Lilian Pacce", de 16 de maio a 12 de julho deste ano.
Embora tenha ficado empolgada com as informações e acredite mesmo que o curso será muito interessante (já que, ao que tudo indica, mostrará como o jornalismo de moda se insere, hoje, no processo de globalização, quem são os principais jornalistas e editores de moda, quais os eventos mais importantes na área, qual o papel da imprensa e todos os seus veículos), fiquei frustrada ao tomar conhecimento de que apenas jornalistas podem escrever para revistas e jornais do setor.
Afinal, por pura ignorância minha, acreditava que a formação na área de moda me abriria mais uma porta: a possibilidade de atuação na área de jornalismo de moda.
Ledo engano... Para que eu pudesse me habilitar, teria que ingressar numa pós-graduação na área de comunicação, depois de já ser mestranda em Direito, o que, por enquanto, parece-me impossível, não só por questões financeiras (sou uma solteirona independente), mas também por questões temporais (como trabalhar no Tribunal, fazer faculdade de moda e pós em comunicação?)...
De qualquer forma, passei a compreender melhor porque a moda não perde nunca a sua fama de "fútil"... Fiquei pensando... São poucos os jornalistas e repórteres que, de fato, conhecem, com profundidade, todo o trabalho do designer de moda (leia-se: estilista). Muitos deles, limitam-se a descrever o óbvio, aquilo que todos podem ver (cores, comprimentos, tendências...), sem muito acrescentar.
Não me refiro, é claro, a todos os jornalistas, pois há muita gente competente... Mas acredito que, ao menos, aqueles que se dedicam à nossa área, deveriam fazê-lo com mais responsabilidade. E mais que isso... Os cursos de moda deveriam lutar para que os profissionais da área pudessem atuar também como jornalistas de moda, mesmo que isso se tornasse apenas uma opção curricular.
Dessa forma, provavelmente, conhecendo a história da moda, a história da arte, o design, os estilistas, as macro e micro tendências, o processo de criação e a necessidade constante e inesgotável de ampliar o próprio repertório, os profissionais da nossa área poderiam mostrar ao mundo que a moda mudou... Não é mais apenas uma carinha e um corpinho bonitos... Tem consistência, recheio, conteúdo...
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